O que engorda mais: calorias , pensamentos ou “culpa” ?
Considerações filosóficas apenas , as científicas deixo-as a cargo dos
especialistas em nutrição, medicina holística e afins .Não daria uma ótima tese
de doutorado?
Há uma tendência forte em “demonizar” ( atribuir qualidades de demônio) comidas, bebidas, comportamentos etc., assim como em endeusa-los . Sempre uma nova “teoria”
derrubando outra; e vilões viram deuses e deuses viram vilões; ou voltam
a ser apenas alimentos. Poderia ser
apenas uma questão de calibragem ou densidade , mas principalmente do
estado/condição daquele que os consome?
De um modo ou outro até aqui estamos lidando apenas com a “forma”, a
manifestação. E as causas? Não seria o
que vem antes – aquilo que deu origem à forma -
pelo menos tão importante - senão ainda mais, do que o produto externo?
Abrir mão de chocolate, carne, glúten, gordura, açúcar, queijos, café, champanhe; abrir mão de prazer, bem estar, nutrição .... abrir mão de
tudo? Ou simplesmente apreciar “tudo o
que se quiser apreciar” nas suas devidas proporções, densidades, importância e
pontos de observação?
“ Não é o que entra pela boca.... mas o que sai da boca vem do coração, e é
isso que contamina o homem“ ( ou seja os pensamentos/julgamentos a respeito das coisas ) . Mateus
15: 17 e 18 . Se não fosse assim o efeito placebo não funcionaria. O que
é mais importante: o alimento de per si ou o “comedor” desse alimento com todos
seus pré-conceitos, discriminações, crenças, ódios, medos, sentimentos e
expectativas em relação àquele alimento e, principalmente, a si mesmo? E com todo seu desejo
(provavelmente inconsciente) de punição e castigo; e com
todo seu temor de ser feliz?
Por que a mesma quantidade de
vinho bebido numa celebração feliz ou num dia triste pode ter efeitos
completamente diferentes? Por que dez pessoas comem o mesmo peixe e apenas uma
fica doente? “Por que até os ” venenos” em doses homeopáticas adequadas tem
efeito curador?
Poderia existir uma "bebida" ou “
chocolate” ou “ bolo” absolutamente
equilibrado : leve, sem efeitos colaterais, sem calorias indesejadas ? Poderia existir um churrasco delicioso ou uma truta
defumada sem necessidade de abater um único animal? Talvez não estejamos vivenciando isto por ignorância ( não saber ainda
como fazer) ; provavelmente não há nada de "nobre" em privar-se do que se gosta . Não seria mais interessante
“sublimar” e ” purificar” as coisas ( inclusive açúcar, chocolate, café, vinho,
carnes, etc.) deixando apenas a sua essência boa, seus benefícios e prazer, seu glamour ; e tirando a ideia/fato de qualquer aspecto negativo, cruel ou indesejado
?
“ Todas as coisas são puras para o puro ; todavia para os impuros e
descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão
corrompidas” Tito 1:15 .
Qual é o problema maior? O chocolate, a ideia que se tem dele ou a
“expectativa” de punição? Não seria a
culpa e os "poderes" atribuidos à coisa o que causa mais absorção de calorias e dor de estômago?
Parece que há uma tendência em querer “comprar espiritualidade” e/ou apaziguar os “fantasmas internos" com mudanças externas ( na forma) : deixar de comer ou fazer A e passar a comer
e fazer B ? E estes viram salvadores ou inimigos conforme a época, enquanto
as crenças , o autoconceito e a
resistência à Felicidade ( ou Amor) continuam intocáveis.
Se mudam apenas os ídolos, não as pessoas e suas ideias, adianta alguma coisa?
Nenhum comentário:
Postar um comentário