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terça-feira, 4 de março de 2025

 

Queda na condição ‘humana’:


 Que espécie de desequilíbrio ou embriaguez, ou alguma patologia originada no inferno, teria sugerido a ideia de se delirar humano?


Nos Mundos Superiores sabemos da existência dos abismos, mas quem seria tão tolo ou imprudente a ponto de aventurar-se nessa descida insana? A ideia nunca foi a de cair, foi simplesmente a de observar desde uma distância prudente e ao mesmo tempo emocionante. Mas algo saiu errado.



Como ‘Sofia’ que pulou dentro de incêndio para tentar conter os estragos…. ?

Se eu sou o autor, devo recobrar minha  força  e lucidez, e assim poder redimir todos os meus personagens e seus mundos. Como prisioneiro não resolvo coisa alguma; é um sofrimento em vão           ( como se sofrimento pudesse produzir algo digno, quando este é  em si  um dos dejetos  do equívoco ,  que besteira!), um mergulho   gratuito e sem propósito .


O parecer humano nunca foi objetivo, mais bem um efeito colateral da ‘ grande ruptura’.  Nem a ruptura foi intencional, o objetivo era criar ‘ pontos seguros’ de observação e diversão, uma espécie de vídeo game vivo. Como um escritor que é todos os seus personagens, e está acima de todos eles. Poderia este se enamorar tanto do enredo a ponto de aprisionar-se em um de seus personagens e mundos? Ele, que é todos seus personagens: os que foram, são e nunca serão. Essa nunca foi a intenção.


Talvez irresponsabilidade, impulsividade, ingenuidade, precipitação, etc.  Mas crueldade nunca.

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