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domingo, 26 de novembro de 2017

Materializar ou Espiritualizar ?

Materializar ou espiritualizar?

Tentar trazer – da imaginação – algo que parece não estar presente ( uma situação melhor, casa melhor, carreira melhor,  mais felicidade, etc) , ou elevar-se a um nível onde isso já é um fato ?

Autora: Yvone Elizabeth Svelga

Muito se fala sobre visualizar, contemplar, aceitar, agradecer, etc como uma forma de “materializar” coisas que, aparentemente, não estão presentes. Mas qual é o caminho? Trazer do mundo espiritual/mental aquilo que para o mundo físico parece só imaginação, ou elevar nossa percepção até o ponto onde esse cenário é visto, vivenciado e aceito?

Se aceitarmos que tudo é energia, tudo é Mente; que  apenas nos movemos na imaginação de um suposto estado( inclusive  de “densidade”)  a outro; mas que  até esses “estados de densidade” são frequências e estão na mente; então a “materialidade” é apenas um “estado” , uma “crença” . Então estamos sempre nos movendo espiritualmente, ora chamando a uma densidade de matéria e a outra densidade mais tênue com outro nome . E à priori não há nenhuma “obrigação” de pensar que as coisas devam ser vividas no estado denso para serem “reais” , há ?  Pois se nós nos movemos a um estado mais sutil, então tudo ao redor será igualmente “real” para nós .

 Suponho que muitas vezes materialidade seja aceito como cubicidade, sensação de realidade;mas isso tudo depende do estado onde nós colocamos, não é mesmo , daquilo a que eu chamo de eu ?  Então não se trata de materializar ou densificar , mas de elevar nossa consciência, até o “local” mental, onde esse cenário ou situação desejado  é aceito e vivenciado?

Suponhamos que eu acredito ( já que tudo é crença) que estou morando num apartamento pequeno numa rua barulhenta; e que desejo uma casa confortável num bairro tranquilo com vista para um parque. Não se trata de “materializar” a tal casa, mas de mover minha percepção/consciência até o ponto de aceitação da tal casa; e essa casa é tão “material” ou “espiritual” quanto tudo o resto: tudo é energia e tudo é mente. Eu apenas me movo da aceitação de um suposto “arranjo de realidade” a outro; mas até a ideia de densidade e fisicalidade é só uma ideia, um estado. Não  seria, portanto igualmente válido e até mais inteligente, “espiritualizar” a percepção de mim mesmo do que “materializar” aquilo que não consigo ver/sentir nessa  frequência na qual eu me acredito?

 E para “existir” ou perceber um mundo em cubicidade, não há nenhuma obrigação de que este seja “sólido” bruto  e “material” : bastaria que meus conceitos de “eu” e de “mundo” operassem em frequências mais leves e harmoniosas.

Portanto não seria melhor utilizar o termo: mover-se numa gama de representações de mundos em diversos arranjos e densidades; sendo que estes não precisam ser brutos ou físicos para serem vivenciados; pelo contrário? Pois quanto mais brutos e densos forem percebidos, maior é a suposta dor, atrito e sofrimento? Quanto mais físicos forem percebidos, maior é a sensação de decomposição, desgaste e morte.

 A ideia  de que a fisicalidade/materialidade torna as coisas mais reais ou que é necessário passar por isso, é provavelmente mais uma lenda e um conceito erroneamente entendido , e que tem trazido tanto   sofrimento e privação . Esse desejo/senso de obrigação  de “densificar” e materializar a percepção das coisas, não é mais uma forma de idolatria e escravidão ?


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