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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Escolhi mal, e agora? Isto não serve, que fazer?



Só porque fiz uma escolha inadequada  num momento vulnerável, não preciso viver com ela até o resto dos meus dias . Preciso?


Que fazer com os escombros e restos de escolhas inconvenientes?

Hoje tive o prazer de visitar uma amiga e aprender tanto com ela. Entrei na casa e fui recebida com :

- Je suis désolé.

- What happened?  – retruquei . Gostaria de ter mantido esta conversa em francês, mas primeiro preciso relembrar  a língua.

Pois ela tinha comprado um sofá pela internet: lindo modelo, elegante e muito confortável . Mas a cor . ...que decepção! Pelo menos no ambiente daquele living parecia entristecer e desmerecer o entorno, e a si mesmo.

Primeiro disse:

- Busque sua alegria dentro primeiro e deixe que” o resto lhe seja acrescentado”-. Ou seja, quando estamos contentes nossa tendência é fazer escolhas que refletem e reforçam esse estado; e quando não estamos contentes, também.

Mas e agora? A escolha já tinha sido feita e lá estava  aquele sofá: um gigante  distinto na forma e não tão distinto  num cinza pálido que desentoava com o entorno.

 Cheguei a sugerir colocar umas almofadas de outra cor, mas ela insistia que queria uma nova cor e não abriria mão disso. E eu,  automaticamente, voltei a dizer:

- Busque a sua elegância e alegria dentro primeiro.

Sim, busque primeiro dentro. Mas o que fazer com aquele  monstro que foi  escolhido impensadamente antes?

Bem, ela foi sábia e chamou o tapeceiro. Trocaria o tecido por uma cor de seu agrado: talvez um marrom claro ou caramelo.

Sim, aquela escolha tinha sido feita num momento de fragilidade: um pouco adoentada, estressada e preocupada. E resultou nisso: um produto insatisfatório. E agora que  ela estava bem e desejosa que seu ambiente também refletisse harmonia?  Pois reconheço que ela  foi muito  acertada:

-  Quero mudar a cor e vou mudar a cor. Não importa se o sofá é novo e se o preço é caro. Agora eu  estou bem e quero outra cor – afirmou com firmeza.
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Quantas vezes não fazemos escolhas pouco felizes em momentos de stress, tristeza ou aborrecimento? Ou  simplesmente de falta de informação .  E depois, o que fazer com o elefante branco, amarelo ou cor-de-rosa que já não serve mais, ou nunca serviu? Tenho que viver com isso até o resto dos meus dias ou dos dias do sofá? E um sofá dura bastante tempo, especialmente  de boa qualidade.

- Obrigada, Esther. Você está absolutamente certa!

   Só porque escolhi num momento de vulnerabilidade, não sou obrigada a viver com isso até o fim dos meus dias, ou da coisa .
 E ainda que  tenha sido uma escolha satisfatória por algum tempo, mas não mais agora, sempre tenho o direito de escolher novamente .

Para trocar um sofá mal escolhido basta ter um pouco de dinheiro, tempo e um bom profissional para realizar a tarefa. Então é uma simples questão de ter os meios, ou de cria-los. E quando essas escolhas – ou o produto delas, feito num momento não tão lúcido – parecem estar lá nos distorcendo o senso estético e a alegria, o que fazer com esses restos? E estamos falando de coisas muito mais complexas que um sofá: relacionamentos, pets, carreiras, viagens, casas  , religião, etc.

  Escolhemos mal, e agora? Mudamos de ideia, e agora?

Suponho que como escolhedores, não importa se de móveis , relacionamentos ou imóveis,etc  temos a todo instante a liberdade de refazer e melhorar nossas escolhas; ou pelo menos de continuar tentando.



Mas para isso é preciso parar de idolatrar os produtos “mortos” de escolhas ( sempre passadas) que já não encaixam – ou nunca encaixaram – num contexto  de felicidade e bem estar; e voltar-se para a Mente/mente viva e livre que sempre pode escolher o Bem/o Bom;  e ao fazê-lo mover-se para esferas (frequências/condições) superiores que vão naturalmente refletir, sintonizar  e manifestar  esse novo estado.

  Por que estou aqui? Provavelmente porque não sei,  ou não lembro de como estar num lugar melhor.   O atoleiro, o buraco, não é nem o d...